Resolvi escrever esse post sobre o que é a Nutrição Funcional, pois muitos pacientes me perguntam, já que esta é minha área de especialização, e também porque a nutrição funcional vem ganhando destaque na mídia atualmente. Cada vez mais as pessoas têm percebido o diferencial de um nutricionista funcional. Na mídia, é comum encontrarmos artistas que relatam fazerem tratamento com nutricionistas funcionais. Alguns médicos, em blogs da internet, quando indicam o acompanhamento nutricional para seus pacientes pedem prioridade para nutricionistas funcionais. E engana-se quem pensa que esta área é apenas mais um modismo, pois a forma como a Nutrição Funcional enxerga o paciente vai muito além de um dieta.
A Nutrição Funcional aplica a ciência dos nutrientes que procura manter ou restabelecer o equilíbrio e o bem-estar do organismo de cada pessoa a partir do diagnóstico de como anda a relação entre as suas células e os nutrientes. Nós somos formados por trilhões de células que precisam sempre de determinados nutrientes para seu correto funcionamento. Por exemplo, uma “inflamação celular” causada por desequilíbrio de nutrientes está relacionada diretamente com obesidade e diabetes, segundo estudos científicos.
Em vez de se limitar à prescrição de dietas de alimentos tidos como saudáveis (porque o que é saudável para uma pessoa pode causar doença em outra), a Nutrição Funcional rastreia os sintomas, sinais e características de cada paciente e os relaciona a situações de carência ou excesso de determinados nutrientes.
Estas “inadequações” são consideradas de acordo com a individualidade genética que ocorre em cada um de nós. Vamos a alguns exemplos: enquanto um indivíduo é alérgico a camarão o outro não é. Enquanto para um o café pode gerar dor de cabeça e insônia, para outro não. Enquanto um necessita de mais zinco (ex: 25mg) para produzir ácido suficiente em seu estômago, o outro precisa de menos (ex.: 10mg). Enquanto um precisa de mais ômega 3 para manter os triglicerídeos e o HDL em níveis adequados, o outro precisa de menos.
A Nutrição Funcional leva em conta a individualidade bioquímica (cada pessoa é diferente e apresenta necessidades diferentes), enquanto alguns profissionais insistem em acreditar que todos são iguais e reagem da mesma maneira frente aos estímulos.
O nutricionista funcional não busca somente tratar ou eliminar os sintomas. Ele é preparado para investigar as causas dos problemas e tratá-las, uma vez que tradadas, a prevenção passa ser o foco do tratamento.
A Nutrição Funcional estuda profundamente os processos alérgicos, intolerâncias ou hipersensibilidades aos alimentos. Os desequilíbrios nutricionais geram sobrecarga no sistema imunológico e desencadeiam “processos alérgicos” tardios, que acabam por provocar doenças crônicas como a obesidade, depressão, fibromialgia, artrite reumatóide, síndrome do pânico, osteoporose, diabetes, distúrbios de comportamento e hiperatividade infantil, entre outras.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças crônicas não transmissíveis já são responsáveis por 72% das mortes ocorridas no Brasil, sendo que, no mundo, esse valor corresponde a 60%. A OMS acredita que 80% de problemas prematuros do coração, AVC e Diabetes tipo II e 40% dos casos de câncer poderiam ser evitados se corrigíssemos nossos hábitos alimentares, reduzíssemos o uso de tabaco e adotássemos uma atividade física regular.
A saúde não é somente ausência de doenças, e sim uma melhor interação entre os sistemas orgânicos, garantindo Vitalidade Positiva a todos os indivíduos.
Abraços do seu nutricionista Márcio Leandro Ribeiro de Souza.
Referências:
Adaptado dos sites da VP Consultoria Nutricional e de Gabriel de Carvalho.
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